18 de out. de 2011

A vida da gente


Tem coisas que acontecem no meu dia-a-dia que apesar de serem comuns nos relacionamentos conjugais, conseguem entristecer bastante. Coisas bobas nas quais eu talvez já “devesse” ter me acostumado, mas que por eu ter uma personalidade forte eu não me acostumei. O melhor mesmo é não falar sobre elas, até porque quanto mais falamos das coisas que nos incomoda parece que passam a incomodar ainda mais. Deixa pra lá... manter um casamento é difícil e requer muito mais decisão que amor. E ás vezes é preciso engolir muitos “sapos” em nome da família.

Hoje enquanto vinha para o trabalho não pude deixar de notar que bem na minha frente caminhava um senhor que lembrava muito o meu pai. O cabelo, o jeito de caminhar e até a altura, ele era muito  parecido com o meu pai. Fiquei tão perturbada que senti meu coração bater forte e subir até a boca e então eu engasguei. Deu uma tremenda vontade de abraçá-lo, mas apertei o passo “acho que eu queria me certificar se ele não era mesmo o meu pai”.... e enquanto passava por ele, ele me disse:
- Bom dia, tomara que não chova hoje! Acho que demorei uma eternidade pra responder : - Bom dia, espero que não chova mais e seguir adiante.

Foi então que caiu a minha ficha... que não vou ver meu pai nunca mais e que quando eu chegar em casa, depois de um longo dia de trabalho, a única recompensa de estar viva será o sorriso sincero que meu filho dará ao me ver.

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Porque a vida pede passagem. Que seja eterno e terno, enquanto dure.