24 de out. de 2008

Ela

Sentiu vontade de acordar, abrir a janela, ir até a sacada a fim de registrar a imagem do céu azul limpinho e sentir a brisa da manhã no rosto. Prendeu o cabelo no alto, olhou no espelho e fez desejos baixinhos. Colocou um cd pra tocar e o ouviu enquanto a água do chuveiro caía em suas costas, assim, não pensou em nada ou em tudo. Colocou aquele vestidinho leve e rodado e sua rasteirinha preferida, se achava alta demais, para usar saltos altos. Passou o rímel nos olhos, seu perfume leve e floral love spell e o óculos escuro suficientemente grande, e dessa forma "olhou" à vontade.
Guardou o celular em sua bolsa, que também era suficientemente grande, para guardar não apenas seus objetos indispensáveis, mas, alguns dos seus sonhos mais urgentes.
E teve aquela sensação da boca seca quando o vento bateu em seus lábios que tinham a forma de um sorriso. O seu sorriso era espontâneo e inocente. Parecia sorrir como quem dizia: 'Depressa, que já estou indo...'
Às vezes sentia que sua alegria era passageira, tinha hora marcada pra acabar. Não tinha tempo para ser feliz, a vida gostava de lhe pregar peças, fazendo com que fizesse escolhas. É como se estivesse sempre preparada para uma nova dor.

“Borboleta, borboleta, por que voa triste assim? este mundo é todo seu
Vá voando até o fim. (Fernando Mendes)”

Um comentário:

G42sino disse...

posso acrescentar alguns pontos? obrigado
no momento da sacada eu cheguei lhe abracando, no momento da brisa seu cheiro me me fez "over the moon", no momento em que seus labios se secaram entao lhe beijei e entao comecei um novo e lindo dia...
Na minha opniao assim fcou melhor! Ok?



Porque a vida pede passagem. Que seja eterno e terno, enquanto dure.