31 de mar. de 2009

Quero no escuro como um cego tatear estrelas distraídas

Não quero ser triste como o poeta que envelhece lendo Maiakóvski na loja de conveniência Não quero ser alegre como o cão que sai a passear com o seu dono alegre sob o sol de domingo...
Nem quero ser estanque como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro como um cego tatear estrelas distraídas

Quero sonhar que o azul, pode ser um pedacinho do céu se eu acreditar
Quero ver no batom vermelho da minha boca o amor me preenchendo e me tornando uma pessoa melhor por acreditar nele
Quero olhar as moréias do meu jardim e através delas enxergar a esperança no verdinho de suas delicadas folhas
E queria ainda, sentir calor ao olhar para o sol que colore o céu de amarelo fogo

Amoras silvestres no passeio público
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem não posso parar

A saudade é uma colcha velha que cobriu um dia numa noite fria o amor que ardia em brasa.

Esse é meu e do Zeca Baleiro.

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Porque a vida pede passagem. Que seja eterno e terno, enquanto dure.