1 de dez. de 2008

A moça invisível

Chora moça invisível
Deixa escorrer de seu peito todo esse mal aprisionado
Deixa que os pingos de dor rolem salgados sob as imperfeições da tua pele
Não se envergonhe de seu rosto vermelho de caminhos errantes
Deixa descompassar o ritmo das batidas desse teu coração ferido

Não tenha medo moça invisível,
Deixa que esse rio de Deus que habita em ti
Venha ao mundo pela janela da tua alma
Deixa que essa fonte jorre, até sentir a seca rachar o solo do teu coração

Não se acanhe moça invisível,
Não há mal em regar os sonhos desfeitos
Nem é feio inundar o colo com pedaços de desilusão
Toda chuva que encharca, também lava, limpa e leva pra longe

Sinta moça invisível,
Sinta o gosto doce de veneno nas lágrimas que morrem em tua boca
Guarda esse gosto inconfundível para que não o proves mais
Teu rosto é hoje como pétala marcada
pelas gotas de orvalho da noite escura que passou

Transborda moça invisível....
Tua tempestade vai chegar ao fim e teu jardim, hoje regado de tristeza
Amanhã ganhará adubo, vida e cor

Depressa moça invisível...
Levanta e anda, porque lá na frente, um pouco adiante
Existe uma porção de novos tons e nuances
E lá, o Autor da Vida, te preenchera com lindas cores.


Se preciso for sofrer, como ovelha muda quero ser, não questionar o Teu agir.. ter menos de mim e mais de Ti.
Ensina-me a perder para o Teu reino então ganhar.

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Porque a vida pede passagem. Que seja eterno e terno, enquanto dure.